segunda-feira, 30 de maio de 2011

Salário de trabalhador: Contra-cheque ou contra-choque?

Em tonalidades irônicas, e na condição de outsider, ou seja, como alguém que vê a situação de fora, aflijo-me com a situação complexa, para não dizer precária na qual encontra-se a sociedade tupiniquim.

É lamentável um país com tanta riqueza natural e cultural, mas cujos habitantes vivem à mercê de uma política truculenta, um sistema engajado em tornar o povo alienado, mal instruído, enganado por propostas meticulosamente mentirosas, e uma pseudo-democracia já falida há muito...

Infelizmente, muitos brasileiros apreciam o "anti-herói", o político falastrão que vive contando fábulas enquanto o povo fica a dançar nas praças. Pura inversão de valores, o povo torcendo para o malicioso se dar bem! É o mesmo quando a torcida destina-se para que frajola devore o piu-piu; é o mesmo quando se aplaude a gangue de velozes e furiosos escapando da polícia e se dando bem, como "malandros agulha"!  

A situação assemelha-se a alienação contida no livro 1984, de George Orwell, em que a novilíngua, o ministério da verdade, são responsáveis pela distorção de informações.

Tenho saudades dos tempos da série "Anjos da Lei", que conscientizava jovens a suprimir ou amenizar o processo de alienação da juventude, combatendo a criminalidade eficientemente, isto é, cortando o mal na raiz!

Mas no contexto atual, o que resta é um partido político cujos candidatos são pessoas sem credenciais para a função política (andarilhos, palhaços, pedintes, sindicalistas, etc), que inescrupulosamente seus eleitores de "idiotas", pois este termo, cunhado na Antiga Grécia, referia-se àqueles que não participavam da "polis", mas preferiam o conforto da família à formação de ideais políticos visando a justiça social.

Me pergunto, "que país é este"? E inevitavelmente a resposta vem à tona: "...o Brasil é o país do futuro"...

Que o pronunciamento corajoso da professora Amanda Gurgel, do RN, não seja apenas uma voz perdida no deserto, mas a fagulha inicial expressando a indignação para com uma mentalidade política que precisa urgentemente ser rejeitada e extirpada da cartilha dos orçamentos públicos.


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