OS ADMIRÁVEIS HOMENS OCOS
(ao amigo outsider Thiago Puglia)
Assim caminhemos tu e eu, caro Baudelaire
Nunca mais dor, nunca mais amor – bradou o corvoO sol se levanta para o ingênuo e para o ladrão
... e cuspirá o seu fogo o grande dragão
E tragará todos os náufragos o Levietã
E impávida ressurgirá e Estrela da Manhã.
E as almas dos homens purificados brilharão
E as almas dos homens sujos se calarão
Desesperados e confusos se prostrarão.
▬ ficou seduzido pelas tietes em Saigon.
Demasiadamente nauseabundo Kerouac vos descreve
nas páginas soltas dos subterrâneos
onde lhes restará apenas lamentações.
Vagantes e vazios os admiráveis homens ocos
estão a me olhar, selvagens e loucos
suas almas já não têm mais serventia
servirão a um deus, fruto de poligamia.
Em uma vã religião
Seguindo cegamente para uma excentricidade doentiaOs cães ladram ao encontro de seus donos inúteis
Onde o domínio foi trocado por um prato de lentilha.
(por Eder Silva, abril de 2010)
Muito bom! Você conseguiu captar um olhar muito peculiar do homem "oco"! Grande abraço!
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