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quarta-feira, 15 de junho de 2011

SOCIOLOGIA DO DESAPEGO

                                            foto retirada de: http://www.softwarelivre.org

SOCIOLOGIA DO DESAPEGO

(Ao amigo James Jean Vidal)

Lembrei-me do poeta
Vociferando palavras inefáveis
Ao entendimento humano moribundo


Aos cegos que vivem tateando
As paredes do castelo amarelado.
Aí vai o seu brado:
Cresçam e apareçam!


O veneno que vocês produzem
aumentará a vaidade e toda sorte
de hipocrisia que vem estampada
na vossa alma mesquinha.


Achará algum bem
nesta terra encoberta
de trevas e caricaturas funestas?

(Eder Silva, 2 de dezembro de 2010)

terça-feira, 14 de junho de 2011

OS ADMIRÁVEIS HOMENS OCOS

                                                    foto retirada do blog: www.formiguinhadaterra.blogspot.com

OS ADMIRÁVEIS HOMENS OCOS

(ao amigo outsider Thiago Puglia)

Assim caminhemos tu e eu, caro Baudelaire
Nunca mais dor, nunca mais amor – bradou o corvo
O sol se levanta para o ingênuo e para o ladrão
... e cuspirá o seu fogo o grande dragão
E tragará todos os náufragos o Levietã
E impávida ressurgirá e Estrela da Manhã.
E as almas dos homens purificados brilharão
E as almas dos homens sujos se calarão
Desesperados e confusos se prostrarão.


Bradock  não poderá vos salvar
ficou seduzido pelas tietes em Saigon.
Demasiadamente nauseabundo Kerouac vos descreve
                             nas páginas soltas dos subterrâneos
                                onde lhes restará apenas lamentações.
 
Vagantes e vazios os admiráveis homens ocos
estão a me olhar, selvagens e loucos
suas almas já não têm mais serventia
servirão a um deus, fruto de poligamia.
 

Em uma vã religião
Seguindo cegamente para uma excentricidade doentia
Os cães ladram ao encontro de seus donos inúteis
Onde o domínio foi trocado por um prato de lentilha.

(por Eder Silva, abril de 2010)

A ESTRADA ILUMINADA


A ESTRADA ILUMINADA
(ao cunhado e professor Cleverson Martins de Souza)

No jardim secreto de minha alma
Onde habita cativo o pensamento
Navego desviando de trágico tormento
Na busca da água mais alva.

As ondas singram, brilhantes
Empurrando a memória em cadeias
Como o sangue que corre nas veias
Deixando o paladar e o perfume marcantes.
 
Assim somos e assim procedemos
No mais puro e mais pio percorremos
A caminhada nunca alcança o destino
O coração e a mente lutam, em desatino.
 
Só os passos marcam a ESTRADA
A areia identifica as pegadas
Daqueles que um dia pisaram este chão
Cobertos da LUZ e impávidos como trovão.

(por Eder Silva, 8 nov 2010)